sexta-feira, 5 de setembro de 2008

2.2 - ESCULTURA (Cubo, uma crítica às novas tendências da Arte)








A Arte contemporânea encontra-se presentemente mergulhada numa total alienação aos valor éticos e estéticos. Por um lado, ou temos um extremismo ético, ou por outro um estético. A missão do artista plástico, mais do que procurar projectar o seu nome na História da Arte, deve antes de mais preocupar-se com aquilo que apresenta. Obras totalmente despidas de valor são vendidas diariamente em leilões de arte. Obras públicas são encomendadas ao desbarato, assistindo-se frequentemente ao aparecimento de obras de arte... feitas simplesmente pela arte!
Este é um trabalho pesado e afirmativo, uma crítica a esses "cubos" que por vezes encontramos nas nossas ruas, desprovidos de informação, longe do equilíbrio ético e estético. Esta obra é uma afirmação do artista, em como é possível fazer um cubo bonito e colocá-lo num local bonito. O valor/questionamento ético e estético, surge através do levantamento da questão sobre o papel do desenho. Será que a escultura é desenho? Ou será que o desenho é escultura? Seja de que forma for, tudo é desenho, porque tudo tem um desenho. Como diria aquele a quem eu chamo "Mestre", "desenhar é como respirar!".
Na instalação da obra houve uma apropriação a um grafitti prévio da parede de fundo: "O artista é acção e não o espectador"

1 comentário:

mendanha disse...

A arte oferece-nos a única possibilidade de cumprir o mais legítimo desejo da vida - que é não ser apagada de todo pela morte. Agora que o espírito, tendo uma consciência mais segura do universo, se recusa a crer na arguta jura das religiões de que ele não acabará inteiramente, e irá ainda, em regiões de azul ou de fogo, continuar a sua existência pelo êxtase ou pela dor - a única esperança que nos resta de não morrermos absolutamente como a matéria é a glória, essa imortalidade relativa que só dá a arte.
Parabéns Luís, é um prazer observar no que te tens tornado…um Lutador da estética na ética….
Nuno Mendanha